As instituições públicas do ensino superior do país vão, em 2019, conhecer novo quadro docente, com a realização de um concurso público, anunciou, na província do Zaire, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo.
De acordo com a agência Angop, a governante, que falava no final de uma visita de serviço ao Zaire, fez saber que os novos professores vão servir para reforçar o quadro de dois mil docentes efectivos disponíveis nas instituições públicas.
“Grande parte dos docentes nas universidades funciona como colaboradores”, informou.
Maria Sambo informou que o sector precisar de 10 mil e 400 novos docentes para responder a actual demanda, em que a prioridade será a promoção de um concurso de acesso dos professores com carreiras congeladas, e só depois admitir novos, de acordo com as necessidades de todos os estabelecimentos e da disponibilidade financeira do país.
Relativamente aos cursos oferecidos nas instituições de ensino superior do país, explicou que estão actualmente desalinhados, havendo disciplinas na mesma área de formação sem correspondência de uma unidade orgânica a outra.
Para a ministra, esta situação cria constrangimentos na mobilidade de estudantes e docentes de uma universidade para outra no país e a nível da sub-região da SADC, frisando que pretende-se harmonizar 70 por cento do currículo central dos cursos da mesma área do saber e 30 por cento manter-se-á diferente.
A interlocutora fez saber que está ainda em curso a elaboração do regulamento de avaliação do desempenho dos docentes, em que será fundamental a avaliação feita por estudantes no final de cada disciplina.
Segundo Maria do Rosário Sambo, este diploma vai exigir do docente maior engajamento nas suas tarefas, e, ao estudante, mais responsabilidade na avaliação do desempenho do professor, frisando que este exercício vai contribuir na melhoria da qualidade neste subsistema de ensino do país.
O país conta com sete universidades públicas. Trata-se da Universidade 11 de Novembro, com sede em Cabinda, cobrindo igualmente a província do Zaire; José Eduardo dos Santos, com sede no Huambo, com extensão no Bié e Moxico; Mandume, com sede na Huíla, cobrindo Namibe, Cuando Cubango e Cunene; Kimpa Vita, com sede no Uíje e extensão no Cuanza Norte; Lueji ya Ankonde, com sede na Lunda Norte, estendendo-se a Lunda Sul e Malanje; Katiavala Buila, com sede em Benguela, cobrindo igualmente o Cuanza Sul.
Como resultado do redimensionamento, a Universidade Agostinho Neto (UAN) mantém a sua sede em Luanda, cobrindo também a província do Bengo, perfazendo sete regiões académicas criadas pelo Governo.