O presidente da França, Emmanuel Macron, iniciou nesta segunda-feira (23), uma visita de Estado de três dias a Washington, um teste para saber se sua estudada simpatia ao presidente Donald Trump pode salvar o acordo nuclear com o Irão e evitar uma guerra comercial transatlântica.
Antes de chegar à Casa Branca, Macron fez um passeio improvisado até o Lincoln Memorial com sua esposa, Brigitte. Por trás da pompa, esconde-se um elevado risco político para o líder francês de 40 anos.
Trump é profundamente impopular na França e Macron, como outros líderes mundiais – do japonês Shinzo Abe à britânica Theresa May -, está sob uma crescente pressão para mostrar aos eleitores os benefícios de suas boas relações com o republicano de 71 anos.
França e Estados Unidos são os “garantidores do multilateralismo contemporâneo”, no início de uma delicada visita de Estado de três dias.
“Temos uma responsabilidade muito particular”, disse o presidente francês, ainda na base aérea de Andrews, como “os garantidores do multilateralismo contemporâneo. Temos muitas decisões a tomar”.
Acompanhados de suas esposas, Melania Trump e Brigitte Macron, os dois líderes já estavam reunidos na noite de segunda-feira em Mount Vernon, lar do primeiro presidente americano George Washington, para um jantar privado em frente ao rio Potomac, nove meses depois de seu primeiro encontro no segundo andar da Torre Eiffel, em Paris.
Após este jantar, e às reuniões de trabalho e de um jantar oficial nesta terça-feira, restam em maio duas datas limite que têm o potencial de arruinar as já frágeis relações transatlânticas.
Macron é o primeiro líder estrangeiro em visita de Estado desde que Trump chegou à Casa Branca, há mais de um ano. Ele e Trump têm previsto o plantio de um carvalho nos jardins da Casa Branca, como símbolo da proximidade entre os dois países.