Economia nacional marca passos significativos no primeiro semestre deste ano

A economia nacional, entrou nos primeiros seis meses deste ano, para fase de estabilização, depois da recessão registada entre 2016 e 2017, a declaração foi feita hoje o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

Este processo, de  acordo com o ministro das Finanças, é  resultado das respostas, como a consolidação fiscal e finanças públicas, dadas pelo Executivo às  situações  que  tentaram estagnar  a  economia  do país.

Archer Mangueira, que  falava na abertura do 9º  Conselho Consultivo  do  Ministério das  Finanças, que vai decorrer até dia 23, afirmou que  o Programa  de  Estabilidade  Macroeconómica  traçada pelo Executivo está a  surtir  efeitos, neste ano de 2018.

“Decorrido que está aproximadamente metade do ano de 2018, apraz-nos registar o inegável início do processo de estabilização macroeconómica”, observou Archer Mangueira.

Com base nos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas, referiu que o PIB real contraiu 2,5% , em 2017, contra 2,6% em 2016.

As estimativas mais recentes, feitas no âmbito da elaboração do Programa de Estabilização Macroeconómica para 2018, apontam para um crescimento do PIB na ordem de 2,2%.

Depois de dois anos de recessão económica, este  ano (2018) o país vai regressar ao crescimento, assegurou o  titular  da pasta das Finanças.

Relativamente ao nível geral de preços, perspectiva-se uma taxa de inflação na ordem dos 23%, inferior aos 28% previstos no OGE 2018, contra os 23,67 por cento de 2017.

Para o ministro das Finanças, a recuperação do preço do barril de petróleo que  se regista nos últimos meses   tem estado a influenciar  tal  tendência.

Visivelmente satisfeito, referiu que “são indiscutivelmente boas notícias e bons sinais do início do processo de estabilização macroeconómica”.

Sem avançar dados, o governante  lembrou  a “forte” degradação das contas públicas  registadas em 2015, 2016 e 2017, em consequência da queda acentuada do preço do barril de petróleo, a partir do segundo semestre de 2014.

O ministro das Finanças  avançou   existirem perigos já identificados no programa de estabilização macroeconómica, traçado pelo Executivo.

Archer Mangueira  adiantou que se  tem registado, no mercado,  a manutenção de algumas dinâmicas, com potencial de gerar risco sistémico e um novo ciclo de recessão económica.

Entre as  dinâmicas,    aponta a continuidade do crescimento do stock da dívida governamental e dos níveis de stress de tesouraria, a  manutenção de um nível baixo de execução de despesas de capital e de bens e serviços, principalmente a nível dos sectores sociais.

O aumento do custo do financiamento do investimento privado,  a manutenção de procura “reprimida” por divisas e a continuidade de um nível considerável de atrasados cambiais,  a elevação do custo da liquidez no mercado interbancário,  a elevação do crédito malparado do sistema bancário e  a  manutenção de níveis elevados de atrasados do Estado para com as empresas, foram outros elementos  apontados.

Assegurou que do ponto de vista macroeconómico, 2018 tem sido melhor do que 2016 e 2017.

Sob lema “Novos Fundamentos Para a Consolidação Fiscal”,  o Conselho Consultivo está a  abordar sobre  temas ligados à política fiscal do Orçamento Geral de Estado de 2018, sistema de controlo orçamental,   regularização de atrasados,  a nova Lei da Concorrência.

Instrumentos para a modernização da gestão fiscal,  qualidade do investimento público,  sustentabilidade da dívida pública, consolidação do sistema financeiro nacional, dinamização das receitas não petrolíferas,   privatizações, desafios para o mercado secundário de valores mobiliários são os principais temas agendados.

O acto de abertura do conselho consultivo foi presidido pelo governador de Luanda,  Adriano Mendes de Carvalho,  que enalteceu o  “ensaio” do  novo  modelo  de arrecadação  de receitas.

 

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