A dívida para com a China caiu de 23,2 mil milhões USD, em 2017, para 22,8 mil milhões USD no fim do primeiro trimestre do ano em curso, no que aparenta ser o início de uma trajectória descendente.
As informações constam de num relatório do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola que será apresentado quinta-feira, em Luanda, no seminário académico Angola-China, organizado pelo CEIC e a Embaixada daquele país.
De acordo com o documento, a dívida, de 7,6 mil milhões USD em 2012, atingiu um pico de 23,2 mil milhões USD, de onde iniciou uma trajectória descendente que, no fim do primeiro trimestre do ano em curso, significava uma ligeira redução de 1,7 % face a 2017.
O investigador do CEIC, Francisco Paulo, que revelou dados do relatório ao Jornal de Angola, declarou que uma das características da dívida para com a China, geralmente garantida por fornecimentos petrolíferos, reside no facto de estar a ser paga.
O documento também apresenta dados da balança comercial bilateral, de 21 mil milhões USD no cômputo de 2018, e 4,6 mil milhões USD no primeiro trimestre deste ano, com este último registo situado abaixo da média homóloga.
Francisco Paulo prevê que, caso essa tendência se mantenha no resto do ano, o volume de trocas comerciais (favorável a Angola, que destina 65 % das exportações de petróleo à China) cai em 2019 para algo ligeiramente superior a 18 mil milhões USD.