Foi inaugurado na última semana, o memorial Ruínas de Cabo-Lombo na marginal do Benfica, o acto contou com a presença de entidades académicas, tradicionais, políticas, religiosas, moda e pessoas singulares.
O momento foi marcado com o hino Nacional, entoado também na linguagem gestual pelos estudantes do colégio Mártires do Uganda e dança com o grupo do Comando Geral da Polícia Nacional, que levou o público presente aos passos cadenciados, ao som do batuque e outros instrumentos musicais.
Yuri Moura, proprietário do Escravo do Lazer, empresa que patrocinou a construção do monumento, destacou o valor e a importância de construções do gênero, e como decidiu apoiar o projecto.
” O monumento tem um valor histórico e é muito importante para o resgate da nossa cultura, foi construído aqui no destrito do Benfica, mas é de carácter nacional e patriótico, então como munícipes decidimos dar um apoio ao nosso destrito”.
De acordo com a munícipe Mamã África, é um orgulho para todos ver o reconhecimento de um lugar que serviu de rota para o tráfico de escravos.
“Por aqui passaram os nossos irmãos que foram levados para as Américas, são a nossa memória que passaram aqui e como munícipe, hoje nos orgulhamos pelo facto de se inscrever esse local como um memorial”.
Ruínas de cabo-lombo está situada, no bairro do Benfica, e por volta do século XVII e XVIII (séc. 17 e 18) servia de porto no tráfico de escravos. Cabo-lombo foi classificado em 1993 como um sítio histórico de Angola.