Coreias anunciam retomada reuniões de famílias separadas pela guerra

Pela primeira vez desde 2015, as duas Coreias concordaram, hoje, em retomar no mês de Agosto, as reuniões de famílias separadas pela guerra da Coreia, informou um comunicado da Cruz Vermelha.

Os reencontros poderão acontecer de 20 a 26 de agosto no monte Kumgang, na Coreia do Norte, acrescenta a nota. Milhões de pessoas foram separadas há quase 70 anos por essa guerra travada entre 1950 e 1953.

A maioria já morreu sem ter recebido notícias ou ter visto seus parentes do outro lado da fronteira, fechada para qualquer tipo de comunicação para a população.

A retomada dessas reuniões de família faz parte dos acordos alcançados durante o determinante encontro em abril entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

“Serão selecionados 100 participantes de cada lado da fronteira”, indica o comunicado conjunto intercoreano.

Na próxima semana as autoridades começarão a buscar um lugar para estas reuniões, segundo a mesma fonte.

Apenas 57.000 pessoas das registradas pela Cruz Vermelha sul-coreana para um reencontro com seus parentes ainda estão vivas, e a maioria tem mais de 70 anos.

Para os felizardos que conseguem ser escolhidos, estes encontros são um momento de forte emoção.

Depois de décadas de separação, os reencontros duram três dias e terminam com um adeus que pode ser o último.

O programa de reuniões familiares começou depois de uma histórica cúpula intercoreana em 2000.

Inicialmente aconteciam todos os anos, até que a tensão na fronteira entre as duas Coreais fez com que se tornassem cada vez mais pouco frequentes.

A Coreia do Norte foi acusada durante muito tempo de usar a questão das reuniões de famílias dividida com fins políticos, rejeitando as propostas para que fossem regularizadas ou cancelando-as no último momento.

 

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