Conflito de Terra Intergeracional em Angola

Por: Gabriel Díssel

Não conheço nenhuma pessoa, pelo menos desde que comecei ter a percepção da razão, o qual, não passou, viveu ou vive um conflito, porque na verdade e com Desapossar da grandeza de quem possui o poder político em Angola estão presentes desde o começo dos tempos e em todas as manifestações de seu crescimento e desenvolvimento, uma vez que, está intrinsecamente ligada a sua própria natureza, tanto quando, se discute assuntos cujo o âmbito, é a política, religião, economia, comércio, negócios, vendas, compras, qualquer envolvente da vida, tanto sentimental, familiar, entre outros, pois, o conflito existe sempre onde há a presença do ser humano, em seus contactos, há sempre um dualismo tendencial que o acompanham, principalmente, por parte de quem tem poder e exerce maior domínio em relação aos mais fracos.

Assim, também, aconteceu e acontece na sociedade angolana, enquanto, Estado, cuja a sua constituição, é e deve estar assente nos seus elementos, nomeadamente, território, população e poder politico ou soberania, em que há uma interdependência inegável, na sua importância e por ser incompreensível, o poder politico renegar seu próprio irmão(população), pela ambição desmedida, semelhante a de Caim, uma vez que, rimam a dualidade para a construção de um Estado democrático de direito, no direito de possuir essa terra que sempre de seus pais.

Quem governa tem a livre oportunidade ainda que fingida, de se esquecer de seus irmãos, mas nunca pode se esquecer, que onde há asar até o Funji frio pode lhe queimar.

As experiencias da vida nos ensinam, que não há filhos que se esquecem das historias vividas e sofridas pelo seus pais, provocadas, por quem seja, e sempre foi e será assim, só por esse facto, é que os Estados da actualidade, estão livres da dominação colonial e racial, pois, estou convicto que, enquanto, não houver humildade e reconhecimento, dos erros causados na vida da população, por parte das lideranças desse país, tudo indica para além da sua existência , que haverá a continuação de um conflito intergeracional, mesmo que a cegueira pelo poder venha a ofuscar por um tempo, quem com certeza tem vistas para ver.

Ignorância do ignorado da sua própria terra

Ainda, que há uma ignorância por parte de muitos cegos ideológicos, vestidos de cores que se confundem com sua paciência de partidologias, precisam despertar da sonolência preguiçosa, de suas mentes demente, que nos últimos tempos tem se registado inúmeros acontecimentos, reactivos por parte de muitos cidadãos desse país, no que se refere, a questão da terra, mas quase sem solução factual, sobre essas parcelas de terras, que ao se discutir tal problemática, se confunde por vezes entre a razão e o errado, quem tem a verdade legitima, desse bem de um povo. Há de facto constantes conflitos de terra, que por teimosia de quem se veste da arrogância mal concebida do poder, provoca uma ira sem limite, pela ignorância, mesmo até das gerações que nem sequer nasceram, porque a não resolução desse conflito, certo estou, que não haverá limites que não venha a transcender para as Gens intergeracional, uma vez que, a questão da terra em Angola não é recente, na medida, que é do conhecimento geral, que sempre eram os mais-velhos, os pais, que sempre cultivaram nessas terras, que agora são assombradas, porque são ignorados dentro da sua própria terra, pelos ignorantes dessa mesma terra.

Nesse quesito, creio ser importantíssimo, essa discussão, de tal maneira, que possamos encontrar as melhores soluções, para que filhos da mesma mãe, não só possam completar e complementar a constituição desse Estado, mas que o mundo, saiba, que na verdadeira mamãe Angola, não deve haver conflitos de terra intergeracional, porque todos para além de nascerem do mesmo ventre, mamaram do mesmo peito, beberam da mesma fonte e seus laços sempre serão de factos e com factos consanguíneos, por isso, somos do mesmo lar, mesma pátria, Angola.

Gabriel Díssel, é professor na Universidade Privada de Angola. É especialista em Relações Internacionais e mestre em Governação e Gestão Pública pela UAN.

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