O Executivo angolano precisa de produzir pelo menos cinco milhões de manuais do ensino primário/ano, para satisfazer as necessidades de um milhão e 500 alunos do sector privado, e uniformizar o conteúdo do processo de ensino no país.
Actualmente, os manuais dos colégios são fornecidos pela Plural Editores, que os vende a preços considerados elevados pelos encarregados de educação.
A editora fornece manuais de língua portuguesa, matemática, ciências da natureza, educação musical e estudo do meio, que no ensino público são de distribuição gratuita.
Segundo o presidente da Associação Nacional do Ensino Particular, António Pacavira, com esses cinco milhões de manuais já seria possível evitar que as instituições privadas usassem material com conteúdo diferente do usado nas escolas públicas.
“O Estado deve produzir uma quantidade que possa atender os dois subsistemas, definindo, no entanto, um valor para que os colégios possam pagar pelo material”, sugeriu o responsável, que falava à Angop a proposto do começo do novo ano lectivo.
Do seu ponto de vista, a melhoria da qualidade de ensino passa, também, pela uniformização dos conteúdos escolares, em particular do ensino primário.
“Infelizmente é diferente e deparamo-nos, diariamente, com uma situação que pode colocar em causa a almejada qualidade”, desabafou.
A rede de ensino privado em Angola conta com um total de mil e 600 colégios reconhecidos, sendo que apenas 200 têm contrato de produção com a Plural Editores.
Pelo menos um milhão e meio de alunos do ensino primário estudam em escolas privadas, dos quais 500 mil estão matriculados em Luanda.