Notícias de Angola – A segunda exposição a solo do colectivo Verkron, intitulada YIJI & ZAD (pelo fim da nação), abriu as portas ao público, na Sexta-feira, na Galeria Jahmek Contemporary Art, em Luanda.
Na mostra, o colectivo posiciona-se como crítico da máxima “um só povo, uma só nação”, apresentando imagens poéticas e curativas, que sugerem uma conexão entre o espectador e as forças ancestrais, assim como, oferecem margens para a imaginação de um futuro mais amplo e interessante.
Em declarações a imprensa, Hemak e Mak, artistas que compõem o colectivo Verkron, sublinharam que as inúmeras diferenças entre os povos que compõem o mosaico etnolinguístico e cultural dos pais, contrariam a máxima “um só povo e uma só nação”.
Conforme os artistas, “somos vários povos que partilhamos o mesmo território”, e apontam a necessidade de “aceitar as diferenças e culturas de cada povo”, com vista a construção de uma nação, onde não seja imposta a ideia de igualdade.
“Não somos todos iguais, embora pertençamos a uma só nação”, partilhamos o mesmo território, concluíram.
Nesta senda, o colectivo transformou o espaço expositivo numa floresta monumental, onde cenas recordativas de um universo mítico se desdobram, propondo, por outro lado, uma reflexão sobre o papel dos rios como contraponto às fronteiras existentes no intercâmbio entre povos e territórios.
A amostra YIJI (rios) e ZAD (zonas a defender) estará patente até o dia 24 de Novembro, podendo ser visitada de Segunda a Sábado, das 12 as 19h.
Verkron é um movimento transdisciplinar que procura experienciar formas mais integradas de existir, projectando com mundos paralelos organicamente ligados a este em que vivemos, e a partir dai formular novas linguagens para comunicar mística e imaginação radical.
O colectivo usa as ruas, muros e fachadas de cidades como a tela de sonhos e universos fantásticos.