A morgue do hospital provincial do Zaire, a única em funcionamento, na cidade de Mbanza Kongo, encontra-se inoperante há uma semana, por avaria no compressor e no termostato.
O director clínico interino do hospital provincial, Pedro Almeida Gomes, referiu que o diagnóstico feito por uma equipa técnica aponta a superlotação de cadáveres como a provável causa da avaria, já que a morgue tem capacidade de seis corpos, mas conservava 12 a 15 cadáveres por dia.
Segundo o mesmo responsável, a degradação constante dos aparelhos da morgue tem também a ver com o tempo dilatado (7 a 21 dias) dos corpos na casa mortuária, porquanto o normal seria de dois a três dias. De acordo com o Pedro Almeida, a conservação de cadáveres fora da morgue pode constituir um perigo à saúde pública, para quem os cidadãos que estiverem nessa condição devem realizar os funerais o mais depressa possível.