O motorista do carro que na atropelou na segunda-feira (23), vários pedestres em uma rua de Toronto, causando a morte de dez pessoas, foi acusado nesta terça-feira (24) em dez processos de homicídio premeditado.
Os primeiros elementos da investigação apontam que o acusado sentia rancor pelas mulheres. “É justo dizer” que as vítimas são “maioritariamente mulheres”, declarou o investigador Graham Gibson.
Mas a polícia de Toronto “não tem provas” que demonstrem que o objectivo do acusado eram as mulheres, destacou Gibson.
Em sua primeira aparição em um tribunal, o atropelador, Alex Minassian, permaneceu de pé, usando roupa de presidiário, com a cabeça raspada e as mãos algemadas pelas costas.
Minutos antes do atropelamento, Minassian publicou uma mensagem enigmática no Facebook: “a rebelião dos ‘incel’ começou”.
“Incel” é uma abreviatura do inglês de “involuntarily celibate (involuntariamente celibatário)”, e faz referência a homens que sentem certo grau de desprezo pelas mulheres.
Alex Minassian foi acusado ainda de várias tentativas de assassinato. Além das dez mortes, o atropelamento deixou 15 feridos.
O atropelamento múltiplo aconteceu a cerca de 16 km de onde era realizada uma reunião dos chanceleres do Grupo dos Sete (G7), mas fontes estatais asseguraram que não há evidências de que o incidente tenha relação com o evento.
Apesar do ataque, a chanceler do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou que a reunião do G7 continuará nesta terça como planejado.