Notícias de Angola – O clima ético entre os auditores tem melhorado fruto do aumento da consciência da eficácia e da eficiência do papel da auditoria interna nas organizações.
Considerou esta semana, em Luanda, pelo o presidente da Associação dos Auditores de Angola, Artur Quicassa.
As constatações foram apresentadas durante a Conferência Anual de Auditoria Interna, promovida pela referida associação que serviu para debater sobre a ética no sector a nível do país, tendo frisado o trabalho na clarificação e consciência dos auditores enquanto profissionais.
“Esta é uma profissão fortemente centrada na confiança e na ética, só assim é possível haver transparência. O impacto que pretendemos ter no sector público e privado, não reside no número de auditores presentes nas organizações, mas sim na qualidade dos profissionais, no compromisso com a qualidade, eficiência e eficácia do seu trabalho”, manifestou.
De acordo com Artur Quicassa, a profissão de auditor interno está a despertar e tem suscitado interesse nos angolanos, há mais interação com o IIA Angola, mais pedidos de informação e procura de formação profissional.
Durante a conferência, referiu-se que o sector privado está mais maduro do que o público em Auditoria Interna, esse foi um dos motivos que levou a IIA global a emitir novas normas que deverão ser adoptadas por todos os auditores internos a partir de 9 de janeiro 2025.
Tais normas, de acordo com o informe, serão também aplicadas pelo sector público, atendendo às especificidades da mesma, para possibilitar o enquadramento de forma mais adequada, a própria função da Auditoria Interna, atribuindo-lhe o devido reconhecimento.
Sob o lema “O papel da auditoria interna na elevação do comportamento ético: Benefícios e oportunidades para as organizações angolanas”, a Conferência Anual de Auditoria Interna contou com a prelecção de especialistas nacionais e internacionais.
Entre os prelectores presentes, destacou-se o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência do Brasil, Manuel Ferreira, da investigadora-chefe da Agência Nacional de Luta contra a Corrupção da República do Mali, entre outros especialistas.
Esta edição da Conferência contou com a presença de participantes do Namibe, Benguela, Huambo e Zaire, ao contrário das edições anteriores onde o público presente era essencialmente de Luanda.