Notícias de Angola- As Universidades e politécnicos portugueses querem atrair ainda mais. Os estrangeiros ajudam a combater o emagrecimento demográfico, em algumas zonas de Portugal e trazem benefício económico aos estabelecimentos de ensino. Angola está incluído nos países que mais estudantes trazem a Portugal.
As Universidades e Politécnicos de Portugal querem aumentar o número de estrangeiros a estudar naquele pais europeu. É um dos objetivos do consócio Universities Portugal, um projeto que tem por objetivo promover o setor da educação portuguesa no exterior.
No ano letivo passado atingiu-se o recorde de quase 70 mil estrangeiros a estudar no Ensino Superior em Portugal. Filomena Soares, vice-reitora de Universidade do Minho acredita que “ainda há lugar para mais alunos vindos de fora”.
Destes 69.965 estudantes estrangeiros em Portugal, cerca de metade são brasileiros, os restantes vêm dos países de língua oficial portuguesa como Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Por último da Europa, chegam sobretudo de Espanha, França, Itália e Alemanha.
“É uma forma de captar novos públicos, tentando de alguma forma o combate a este emagrecimento demográfico que que é uma realidade”, argumenta a vice-reitora.
Filomena Soares reconhece também que há um proveito económico local, porque “vêm habitar as nossas cidades, há uma procura de tudo”, mas também para os estabelecimentos de ensino.
As principais universidades – a de Lisboa, Porto e Coimbra – são as mais procuradas pelos estrangeiros, mas Filomena Soares revela que “há manifestamente agora uma procura também pelo Minho e Aveiro, que são também áreas de eleição”.
Os jovens estudantes angolanos têm igualmente, escolhido, para além dos grandes centros urbanos, Universidades e Politécnicos no interior de Portugal, como Bragança, Guarda, Portalegre e a Covilhã. Em algumas delas, existem Associações de estudantes com várias áreas de intervenção no desporto e cultura de Portugal.
A Universities Portugal promoveu na última semana de novembro deste ano, uma conferência sobre a capacidade de inclusão do Ensino Superior. Uma das realidades que se constata é que, apesar dos esforços ainda há problemas de interação dos alunos estrangeiros, sobretudo ao nível das diferenças culturais e da língua portuguesa.
Já os pontos fortes do Ensino Superior em Portugal são vários.
“Há um reconhecimento do ensino português, está bem posicionado e o povo português é acolhedor, simpático e inclusivo”, argumenta Filomena Soares, acrescentando ainda como pontos positivos a segurança do país, o nível de vida que “ainda é acessível quando comparado com outros lugares” e a riqueza cultural do país, concluiu a vice-reitora Filomena Soares.