A nona cimeira entre a Comissão da União Africana (UA) e a Comissão da União Europeia (UE), aberta na última quarta-feira (23), em Bruxelas, para entre outras questões avaliar o estado da parceria estratégica entre as duas partes.
Sob a presidência conjunta de Mahamat Fakhi, presidente da Comissão da UA, e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão da UE, o encontro vai igualmente fazer o balanço da cimeira UE-UA de Setembro de 2017, em Abidjan (Côte d’Ivoire).
Os principais pontos da agenda desta conferência de Abidjan foram paz e segurança, governação, investimentos, desenvolvimento sustentável, migração e educação.
Em termos de paz e segurança, um documento enviado à imprensa detalha as sete operações da UE actualmente desdobradas em África, nomeadamente Eucap/Somália, Eucap Sahel/Mali, Eucap Sahel/Níger, Eunavor Méd/Atalanta, Eutm/Somália, Eutm/Mali e Eutm/República Centro africana.
As operações Eutm têm por mandato treinar e formar um novo Exército.
Na República Centro-africana (RCA), na sequência da autorização dada pela Organização das Nações Unidas (ONU) à Rússia para fornecer armas de guerra a este país afectado por um embargo, os Russos destacaram no terreno batalhões de soldados para instruir unidades militares e garantir a segurança nomeadamente da Presidência, um papel desempenhado até então pelo contingente rwandês de tropas da ONU.
O documento transmitido à imprensa explica que, através da missão UNAVOR/Atalanta, a UE luta militarmente contra a pirataria marítima no Oceano Índico.
As missões militares da UE em África estão a treinar 10 mil soldados nos países onde elas estão desdobradas.
Pelo menos 192 mil Africanos beneficiam directamente da ajuda humanitária e multifacetada da UE nos países pós-conflito.
A UE apoia os países do G5 do Sael na luta contra os jihadistas e a criminalidade transfronteiriça.
A União Europeia mobilizou dois biliões e 700 milhões de euros ao abrigo do programa do Mecanismo Africano para a Paz desde 2004.
Além disso, a AMISOM, missão da UA na Somália, recebe apoio financeiro no valor de um milhão e 500 mil euros no quadro do qual são pagos os soldados do Burundi que operam na AMISOM.