Por: Gabriel Díssel
Como é do conhecimento, pelo menos, das pessoas consideradas mais sabidas, a sanidade é a qualidade do que é são; saúde, ou seja, estado de estar com saúde, ou ainda, ausência de doença. No entanto, muito se discute em relação a essa preocupação, de quase todos que se revêm, em viver, bem dentro de qualquer sociedade, independentemente, do tipo de sociedade, continente e país, cada um, num espaço territorial, com suas próprias características, hábitos culturais, educação, enfim, entre outros tipos de traços, herdados ou adquiridos, quer seja, por força da sua espiritualidade, ou natureza, independentemente da sua crença educacional.
Mas, não se deve analisar a sanidade de maneira leviana, sem que, obrigatoriamente se fale de cuidados ou condições humanas próprias que um ser humano, necessariamente, também, deve tê-lo, como por exclusividade, como a tranquilidade, paz, harmonia, ambiente e meio ambiente saudável, sempre com a consciência do bem viver em urbanidade, sociedade e sempre com a preocupação do respeito ao próximo, não obstante, das condições sociais, ainda que assimétricos.
Na verdade, por algum motivo, há um certo estar a vontade de algumas pessoas, de ver tudo, falar tudo, opinar em tudo, vestir tudo, querer que seus pensamentos e ideais, seja aceite por outrem, mesmo sendo erróneas, quando o mais engraçado, é que nem sequer sabem que são erróneos.
Gostaria, nesse quesito, falar da minha terra, que apesar dos constrangimentos económicos mundiais, com a escassez cada vez mais de recursos minerais, naturais, hídricos e mesmo humanos, pelo menos de sangue jovem, ou seja, de uma sociedade cuja faixa etária é maioritariamente de jovens, o que não é o seu caso, porque pela graça de Deus, é imensamente abençoada, tantos que, há quem afirma que somos um povo especial.
Estou a falar do meu amor (Angola), como pelo menos diz a história, era considerada, a joia da Coroa portuguesa, um Estado que na altura se vestia de capas ditatorial e invasora de propriedades alheia ao seu tempo, quando, o mundo ainda se encontrava, numa fase de aprendizagem dos direitos de cidadãos sem direitos, sem instrução e com incapacidades defensoras, do que era por direito seu. Assim, foram aqueles tempos, felizmente, o que não era por uma paixão de primeira vista, mas porque no decorrer do estudo mau preparado, dos invasores inocentes de sua própria originalidade, falharam, sem nunca mais terem o privilégio de perpetuidade hegemónica de sua perdida coroa.
Angola tem e sempre teve grande encantos, que encantavam e encantam homens e mulheres de todo tipo de cor divina e sem radicalidade de racismo na sua essência, era e é uma grande mãe, mesmo daqueles filhos, que nunca foram seus, simplesmente por infelicidade da sua natureza de nascimento inoportuno, numa infeliz terra, mas que, por coração verdadeiro escolheram-na, como perfeita para uma vida eterna, até que o último suspiro de seu espírito, transcenda a êxtase celestial. É este país, que conheci maravilhoso e que aos poucos perde a sua moral e que na verdade algumas perguntas, incomodam, minha mente, que por mais que esteja sossegado, o coração, atraiçoa-o, incapaz de manter-se impávido sem seu batimento normal e saudável, como as seguintes:
- Porquê razão Angola, outrora ou “antigamente”, era um país maravilhoso e nos dias de hoje, aos poucos perde a sua moral?
- Porquê razão há um certo estar a vontade de algumas pessoas, de ver tudo, falar tudo, opinar em tudo, vestir tudo, querer que seu pensamento e ideais, seja aceite por outrem?
Há, infelizmente, uma má interpretação do ser, estar e saber estar e má interpretação da liberdade de expressão, que não deve ser considerada, como se fosse liberdade de exposição, pois, também, má interpretação dos direitos iguais, podendo dar a ideia de que tudo vale, ou, quase tudo se confunde.
Lamentavelmente, muitas pessoas e sobretudo, os mais jovens se deixaram influenciar negativamente, pelo consumo de tudo que se vê, em outras partes do mundo, cuja rima do desenvolvimento, confundido com a necessidade, de estar atualizado ao mesmo tempo, com tudo que se vive e se faz, além das fronteiras sejam elas, terrestres, marítimas ou aéreas, coloniza os novos colonizados (jovens) que tudo criticam, principalmente, os mais-velhos, que do seu ponto de vista, não fizeram nada no seu passado, nem o fazem na atualidade; Esses supostos criticistas, contrastam-se, quando, postos em algumas experiencias não terem pernas para ficarem em pé , mesmo tendo-os, por falta da observância de uma orientação, de quem primeiro, viu essa terra, enquanto, era ainda, maravilhosa e que fora invadida, expurgada, mas, também, arrancada, por tais velhotos agora, quando nem sequer maioria deles eram formados, pelo menos nas grandes instituições de ensino como da atualidade, exibidos, visivelmente, nas redes sociais, com exposição ousada dos Diplomas exibicionais, mas que do ponto de vista da sua aplicabilidade, quase que nem se sabe, como continuar, o que encontrara, culpabilizando, o culpado-velho.
Ouço nas rádios, nos táxis, nas músicas, sobretudo dos novos estilos, expressões obscenas, cujos ouvidos, se rabugenta de não só ouvirem, como também, reclamam com vontade de falar mesmo sem ser seu dom natural, com dores semelhantes do parto.
Ai que dor! quando jovens falam alto nas ruas, vestem roupas que mostram suas roupas interior, usam palavras agressivas, com disparates que noutro hora, era impossível de se ouvir, chamam nomes as mães, aos pais, aos mais-velhos e infelizmente, muitos só pelo facto de não ter sucesso na sua vida, quando, em sua família tem um mais-velhos mesmo que seja seu pai, mãe, avô, tio, é o culpado de suas desgraças e é sinónimo de Bruxo-Feiticeiro, e ignoram-no e por ter o privilegio de ser um idoso(a) são deixados em pé nos autocarros públicos, uma mulher grávida é desvalorizada e maltratada, em locais de atendimento público e não lhe é cedido prioridade, nos táxis maioria dos cobradores e outros que são lotadores, não respeitam-na e outros ainda, cara de pau (sem escrúpulo) a chamam de bandida, á alguém que é filha, irmã e possível esposa de outrem, e ainda, por cima na haste pública, quando o mais incrédulo é que ninguém faz, absolutamente, nada, bem como, um militar fardado é faltado com respeito, o polícia que mantem a ordem e tranquilidade pública é agredido e muitos aplaudem, tamanho desajustes da nossa sociedade e pensamos que assim estamos mesmo bem? Hum!
Também, é visível que em quase todas festas de crianças os pais ou adultos já nem querem saber que tipo de música devem ser tocadas e relacionadas com a infância, preferem que seja tocada, músicas do principio ao fim para eles, outros ainda, assistem filmes agressivos, exóticos, eróticos, improprio da idade, sem faltar falar das novelas com cenas somente para idade adulta, para quem quer criar uma sociedade saudável e sem violência.
Hoje, infelizmente há muitas dificuldades de estar num local calmo, tranquilo, com ambiente e meio ambiente saudável, é mais fácil e preferível, estar num local com muito baralho, como o vizinho que mesmo sem festa, levanta o som do aparelho só porque quer ouvir música, sem sequer se importa, com outro ao lado e ninguém pode chama-lo atenção, enfim, esse é a sanidade de um país, que conheci maravilhoso e que aos poucos perde a sua moral.
Sei que estou levantando, assuntos difíceis de se aceitar porque incomoda, muita boa gente, mas é a mais pura verdade, pois, enquanto, alguns preferem viver como se de uma selva estivéssemos, prefiro me preocupar com meu país, minha saúde, ambiente e meio ambiente saudável, de maneira que, se tenha um bom lugar para viver e estar, contudo, e também, te solicito, á uma reflexão profunda.
- Aonde está o país que conheci maravilhoso e que aos poucos perde a sua moral?
- Como se encontra Angola hoje, bem como, alguns angolanos, do ponto vista da moral?
- Será que onde vives e como vives é seguro e há urbanidade?
- Será que tens a certeza que podes andar à vontade em qualquer parte de Angola, sem te preocupar em seres assaltado?
- Será que seu bairro, comuna, distrito, município e província tem um ambiente e meio ambiente saudável?
- O que pensas em relação a um indivíduo, que sem saber de quem está ao seu lado, não respeita ninguém, fala em vós alta, gesticula sem educação, usa expressões agressivas e de intimidação, sobretudo, na haste pública?
A sanidade da nossa maravilhosa terra, nossa pátria, nossa mãe, terra que nos viu nascer, ou mesmo, sentimo-nos nato, porque os nossos progenitores são oriundos, ou por adquirirmos a nacionalidade e decidimos, com que ela seja o último aterro de nossas vidas, tem rumo, mas não podemos nunca esperarmos com que alguém faça algo por ela, mas deve ser cada um de nós, a fazermos tudo e de tudo, para também, oferecermos um bom lugar para se estar, viver, tanto para nós, quanto, para as gerações vindouras.
Sempre tivemos nossos hábitos culturais, costumes e educação própria, pelo que, quem não conhece, deve procurar aprender com aqueles que sabem, ou pelo menos nasceram e viveram primeiro nessa terra maravilhosa, contudo, uma nota de atenção aos mais jovens, tomem cuidado com os Diplomas exibidos nas redes sociais, porque muitos temo-lo, no entanto, pelo que somos, jamais trocaremos nossa mãe, por mais ignorante que seja, pela mãe de outro, nem muito menos nosso pai, por mais pobre que seja, pelos bens materiais do pai de outrem.
Pela Sanidade de um país, que conheci maravilhoso e que aos poucos perde a sua moral.
Prof. Relações de Internacionais e Ciência Política, Mestre em Governação e Gestão Pública-UAN.