Activista Congolesa Partilha Experiência Sobre Defesa de Direitos Humanos
Notícias de Angola – A activista congolesa, Julienne Lusenge, partilhou a sua experiência de mais de vinte anos na defesa dos direitos humanos, com um grupo de crianças da Ilha do Mussulo, durante o Peace Day Invited Expert Address (Discurso de especialista convidado para o Dia da Paz).
Segundo uma nota a que no NA teve acesso, o evento teve lugar na passada Quarta-feira (24), numa iniciativa da American Schools of Angola (ASA), no âmbito do seu projeto artistico-cultural denominado ResiliArt Angola.
A participação de Lusenge, lê-se na nota, reforçou o espírito de transformar a arte e a educação em ferramentas para a reconciliação e a paz.
Na ocasião, activista partilhou a sua experiência de mais de vinte anos na defesa dos direitos humanos, marcada pelo apoio a sobreviventes de violência de género em zonas de conflito.
De acordo com a directora académica da ASA, Babita Parashar, “Ouvir Julienne Lusenge, uma activista de referência mundial, foi o momento mais marcante, porque mostrou aos jovens como a coragem e o compromisso podem transformar a realidade.”
Entretanto, este momento de conversa enquadra-se, igualmente, na Bienal de Luanda 2025, cuja segunda fase está prevista para os dias 12 e 13 de Novembro.
Nesta senda, Paulo André, ponto focal na qualidade de assistente para comunicação da Bienal, sublinhou que “o encontro no Mussulo mostrou como a cultura de paz começa desde cedo.
Um dos pontos altos do encontro foi a criação da Manta da Paz, obra em tecido construída por cerca de cem crianças, entre os 4 e os 16 anos, com orientação de artistas de Angola, Moçambique e Ruanda, nomeadamente Fernando Alvim, Pedro Julião e Romeo.
Figura de referência mundial, a activista é distinguida com alguns dos prémios mais prestigiados da área, entre eles o Prémio Internacional das Nações Unidas para os Direitos Humanos (2023), o Aurora Prize for Awakening Humanity (2021) e o Prémio Mulheres de Coragem (2021) do Departamento de Estado dos EUA.
Julienne Lusenge é, igualmente, co-fundadora da SOFEPADI e directora do Fundo das Mulheres Congolesas.
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