“Reflexões sobre África” na Galeria Tamar Golan
A Galeria Tamar Golan vai acolher no dia 24 de Novembro, pelas 18:00 horas, a exposição individual do jovem artista plástico angolano Júlio Madika, intitulada “Reflexões Sobre África”, sendo que ficará patente ao público na galeria de arte contemporânea da Fundação Arte e Cultura até ao dia 12 de Dezembro.
Júlio Madika é natural do Cazenga, Luanda, onde nasceu a 11 de Julho de 1989. Fez os seus estudos na RDC, enveredando pela vertente artística ainda no ensino médio, que completou no Instituto de Belas Artes de Kinshasa, em 2008. Prosseguindo os estudos superiores na Academia de Belas Artes da cidade capital da RDC, Júlio Madika concluiu a sua licenciatura em 2013. Regressado ao seu país natal, trabalhou em várias empresas de artes gráficas e publicidade. Nos últimos dois anos produziu um conjunto de obras que agora integram a sua primeira exposição.
De acordo o conceituado artista Patrício Mawete, citado na nota de imprensa a que o NN teve acesso, a África, é tida como quente e sem inverno. Com apenas duas estações, a das chuvas e o cacimbo, o Sol que paira sobre o Continente-Berço não deixa de queimar como fogo.
“A água alivia o calor, reconcilia-se com as chamas. Júlio Madika escolhe o clima africano como pretexto para análise dos problemas que afectam o nosso continente, a luta contra a pobreza e os problemas das crianças, reproduzindo com um realismo desconcertante estas realidades, em imagens “fotográficas”. As crianças africanas e as mulheres, as nossas heroínas, as zungueiras e as kitandeiras, guerreiras comerciantes sem medo do Sol radiante e picante são presença constante nas suas obras, onde deixam marca”, lê-se.
Segundo Mawer, a pintura nostálgica de Júlio Madika “leva-nos à infância e a um universo de reflexão sobre o futuro das crianças africanas e o papel destas no futuro do Continente. A profusão de cores suaves, florais, por um lado, e o traço a negro, por outro, organizações pictorais que convencem o observador, marcam a expressão de um realismo contemporâneo africano. Eis um jovem e promissor artista plástico angolano, já mestre de uma técnica notável e com um futuro radioso pela frente”.
Redacção NN
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