Total paga mais de 100 milhões de dólares para fechar diferendo fiscal

A multinacional francesa Total anunciou que pagou ao Estado angolano, durante o terceiro trimestre de 2017, cerca de 200 milhões de dólares (170 milhões de euros) para “resolver” um diferendo fiscal.

A informação foi transmitida pelo director financeiro da Total, Patrick Chevroiere, na sequência da apresentação aos analistas, na sexta-feira, dos resultados do grupo francês, relativos ao período entre Julho e Setembro.

Não foi adiantada informação sobre este diferendo entre a Total, a principal petrolífera que opera em Angola, e o Estado angolano.

Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo em África, com 1,6 milhões de barris de crude por dia.

Já este mês, o novo Presidente angolano, João Lourenço, deu 30 dias para um grupo de trabalho, que integra a estatal Sonangol e as principais petrolíferas que operam em Angola, apresentar propostas para melhorar o desempenho da indústria nacional de petróleo e gás.

A informação consta de um despacho presidencial de 13 de outubro, que define que o mesmo grupo será coordenado pelo ministro dos Recursos Minerais e dos Petróleos, Diamantino Azevedo, com o objetivo de responder à “necessidade de melhorar as atuais condições de investimento na indústria de petróleo e gás, como condição relevante para o desenvolvimento futuro do país”.

Integram ainda o grupo de trabalho o ministro das Finanças, Archer Mangueira, dois elementos da Sonangol e um representante de cada uma das maiores petrolíferas que operam no país: BP Angola, Cabinda Gulf Oil Company (Chevron) Eni Angola, Esso Angola, Statoil Angola e a Total E&P.

A “otimização do processo de aprovação de investimento, orçamentos e outros documentos contratuais”, mas também a “apreciação das questões tributárias aplicáveis à pesquisa e produção de petróleo e gás” e a proposta de “um quadro de colaboração entre o poder executivo e as empresas petrolíferas” são objetivos a que o grupo terá de responder num prazo de 30 dias.

A criação deste grupo de trabalho surge depois de as petrolíferas terem defendido, a 06 de Outubro, numa reunião com João Lourenço, medidas para melhorar a competitividade do sector, face aos países concorrentes.

Redacção NN

 

Comentários estão encerrados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. AceitarLeia mais

Política de Privacidade e Cookies